IT Outsourcing, que futuro?

Publicado a 6/30/2015 por Knowledge Inside em Opiniao

Nos últimos anos, com a grande adoção de soluções na Cloud, foi-se vaticinando a morte do Outsourcing de IT. Porém aquilo que se vai verificando é a sua transformação para um patamar menos tradicional.

Tal como na célebre frase de Lavoisier, em que na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, também neste campo se pode aplicar a mesma frase. A Cloud, de uma forma muito sintética, é a utilização de serviços de IT, disponibilizados por entidades externas e acessíveis através da internet. Os serviços que hoje se utilizam na Cloud, utilizavam-se até há bem pouco tempo em plataformas locais alojadas em cada uma das empresas. E-mail, ERPs, Backups, Servidores Aplicacionais, File Share, etc. são cada vez mais serviços alojados e utilizados na Cloud.

Quando estes serviços estavam alojados localmente nas empresas, era normal haver um ou mais parceiros responsáveis pela consultadoria, venda, instalação e manutenção destas soluções, libertando os colaboradores das empresas para outras tarefas de apoio direto ao negócio. Com a mudança de paradigma e a utilização destes serviços na Cloud, estes continuam a não ser feitos pelas empresas mas são agora distribuídos entre os IT Outsourcers e os Service Providers, que poderão ser a mesma entidade ou entidades distintas.

Por exemplo, é muito normal virem ter connosco para fazer a subscrição do Office365 (Outsourcing da plataforma de e-mail) em vez de terem uma plataforma de e-mail interna na empresa. Para isso, além da subscrição da solução à Microsoft, que garante o funcionamento e a gestão da plataforma de E-mail, file share, etc., é necessário fazer a configuração e a migração do sistema e, habitualmente, o acompanhamento e apoio na utilização. Quando existe por ex. uma dificuldade em configurar um dispositivo para aceder ao E-mail ou é necessário resolver um problema de sincronização no Onedrive, as empresas preferem ter alguém que conhecem, que conhece a realidade da empresa e que sabem que tudo se fará para se resolver o problema com a maior brevidade possível. Deixa-se de ter plataformas On-Premises para gerir ou implementar mas continua a ser necessário fazer esse ou parte desse trabalho mesmo mudando o paradigma da utilização do IT.
Outro exemplo, no serviço NIODO Desktop, um serviço de Hosted Desktop na Cloud, toda a infraestrutura de hardware e software, e o suporte técnico está incluído através de uma subscrição. Isto é, na prática todas as necessidades de IT que a empresa tem são supridas pela KI que faz o outsourcing de tudo, desde a mais básica infraestrutura até ao suporte, sendo a solução 100% Cloud. Ou seja, tendencialmente as empresas estão a optar por soluções em que o Outsourcing de IT está presente quase a 100%.



E isso é bom? Na prática o que se aplica são as grandes vantagens do Outsourcing tradicional, sendo que as desvantagens tendem a desaparecer ou a diminuir. Senão vejamos:

  1. Redução de custos
  2. Acesso a conhecimento ou tecnologia de alto valor
  3. Redução de tempos de espera
  4. ROI mais rápido
  5. Externalização das preocupações do bom funcionamento do IT

Por outro lado existem algumas desvantagens que se mantém ou pelo menos mantém-se a sensação de desvantagem:

  1. Exposição de dados e entidades externas
  2. Diminuição do controlo e da gestão do IT

A Cloud veio abanar os conceitos tradicionais do Outsourcing mas não tenho dúvidas que as empresas de IT que saibam fazer a mudança, vão conseguir oferecer serviços mais completos para os seus Clientes. E isto é manter o Outsourcing bem vivo, numa outra era mas sempre focado na seu objetivo principal: a satisfação do Cliente.

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