Disaster Recovery - estratégia para os desktops

Publicado a 3/31/2016 por Knowledge Inside em Opiniao
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“- OK, pelo que descreve a infraestrutura de rede e servidores está protegida pelo plano de Disaster Recovery da empresa, mas em relação aos desktops, como coloca as pessoas a trabalhar no caso de um desastre real no escritório?”

A pergunta é incómoda, mas a realidade é que a maioria das empresas não endereça a questão dos desktops nos seus planos de Disaster Recovery (DR). A razão é simples: é bastante dispendioso duplicar e manter uma infraestrutura de desktops para apenas ser utilizada em situações de emergência. A situação é complicada pois se as estações de trabalho da empresa estiverem inacessíveis os colaboradores podem ficar sem ter como produzir e levar o negocio para frente durante dias, causando prejuízos altíssimos para o negócio.

Uma solução de Cloud Desktops será a melhor opção para assegurar a estação de trabalho no caso de um desastre que impossibilite a utilização do mesmo.

Um fornecedor de Cloud Desktops assegurará ao cliente que independentemente do local onde o desastre teve lugar, os colaboradores da empresa serão capazes de aceder aos seus postos de trabalho virtuais a partir de casa ou de outro local onde existir acesso à internet e um qualquer PC ou tablet.

Os Cloud Desktops que o fornecedor disponibiliza estão conectados ao site de DR do cliente por uma ligação encriptada ou totalmente integrada com os servidores de DR no caso de uma solução Disaster recovery as a Service (DraaS).

A minha convicção de que este tipo de abordagem é a mais acertada é justificada pela simplicidade e baixo custo da mesma, bem como por uma relativa menor preocupação com a segurança da informação que tanto preocupa as empresas no embarque para  soluções cloud: são apenas as imagens dos desktops que a empresa está a entregar à responsabilidade do fornecedor, os dados e servidores podem continuar num site próprio para DR (muitas vezes umas instalações secundárias da empresa). O custo é certamente bastante mais reduzido do que a manutenção de uma infraestrutura de desktops dedicada e  as operações de ativação e manutenção são externalizadas o que descomplica todo o processo de testes e documentação do plano.

A forma mais comum de subscrever este tipo de serviço é equivalente à da subscrição de um seguro. É reservada capacidade com o fornecedor o que determina a mensalidade. No caso de um desastre, os desktops são ativados na quantidade necessária através do pagamento de uma ativação ou franquia e os colaboradores estão imediatamente a produzir. Se a empresa crescer, basta rever o âmbito do acordo o que poderá ser tão simples quanto dar uns cliques no rato e subscrever mais “Cloud Desktops”.

A utilização de Cloud Desktops facilita a vida das organizações mesmo em situações normais de “não desastre”. Temos observado que muitas empresas estão a aderir a este modelo de utilização de desktops em exclusivo e assim, quando o desastre surge, não é preciso ter plano para os desktops porque o acesso já está, de forma inerente,  assegurado.

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